É importante destacar que qualquer unidade de atenção primária, como clínicas da família e centros municipais de saúde, pode prescrever o uso da PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV). Após uma avaliação médica, o procedimento é realizado em 166 unidades de saúde na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, já foram entregues mais de 7,7 mil medicamentos para esse fim.
Com o objetivo de garantir o acesso ao tratamento para a população indicada, a rede municipal de saúde do Rio de Janeiro ampliou o número de unidades dispensadoras da medicação para a PrEP. Em 2020, havia apenas três unidades, mas esse número aumentou para 166 em 2023. Uma das unidades que oferece o serviço em horário diferenciado é o Centro Municipal de Saúde Rocha Maia, em Botafogo, que funciona de domingo a domingo, das 7h às 22h, com um ambulatório especializado que atende os usuários sem necessidade de agendamento.
Larissa Terrezo, superintendente de Atenção Primária da SMS, ressalta a importância dessa ampliação e do horário de funcionamento diferenciado. Ela destaca que ter um centro municipal com horário estendido pode fazer toda a diferença na vida dos usuários que, por algum motivo, não conseguem comparecer às unidades que funcionam apenas em horário comercial. Esse é um avanço significativo na promoção da saúde e na estratégia de prevenção do HIV.
A PrEP consiste no uso de medicação antirretroviral por pessoas não infectadas pelo HIV, mas que estão extremamente vulneráveis ao vírus. São casos, por exemplo, de casais em que apenas um dos parceiros vive com o HIV, gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, pessoas que usam drogas, pessoas privadas de liberdade e profissionais do sexo. No entanto, é importante que cada situação seja avaliada pelo médico.
Esses pacientes passam por uma avaliação e, se indicados, recebem a prescrição para o uso da PrEP. O objetivo dessa profilaxia é reduzir o risco de infecção pelo vírus com o uso diário de um comprimido. No entanto, é importante ressaltar que essa medicação não previne outras infecções sexualmente transmissíveis e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção.
Além disso, é válido mencionar a PEP (profilaxia pós-exposição), que consiste no uso de medicações antirretrovirais por um período de 28 dias após um episódio de exposição ao HIV. Essa exposição pode ocorrer em situações de relações sexuais desprotegidas, violência sexual ou acidentes com material biológico. É crucial que a pessoa exposta procure rapidamente uma unidade de saúde para uma avaliação e para a realização de testes rápidos. O uso da medicação será indicado ou não com base nos resultados e na avaliação de risco feita pelo profissional de saúde. Todas as unidades de saúde do município do Rio de Janeiro estão preparadas para realizar esse procedimento, disponibilizando as medicações e os testes necessários.
Em resumo, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro atingiu um marco importante ao cadastrar mais de 6.000 usuários no serviço de PrEP. Esse avanço na prevenção do HIV é resultado da ampliação do número de unidades dispensadoras da medicação e do horário de atendimento diferenciado em algumas unidades. A PrEP é uma importante ferramenta para reduzir o risco de infecção pelo vírus em grupos vulneráveis. É fundamental que a população esteja ciente dessas políticas públicas e busque atendimento médico adequado para a prevenção e o tratamento do HIV.
