O caso veio à tona após um estudante filmar a aula da professora. No vídeo, ela explicava o uso de termos como “todes” e defendia a importância de considerar a perspectiva de pessoas não binárias, que se sentem ofendidas ao serem chamadas de “todos”.
A divulgação do vídeo nas redes sociais gerou uma grande repercussão e levou à demissão da docente pela diretora do colégio, Anelisa Derissio Mantoani. Em um comunicado enviado aos pais, a diretora justificou a decisão afirmando que a linguagem neutra não estava alinhada com os princípios católicos da instituição.
“Ao ensinar a linguagem neutra, a professora estava indo contra os valores e princípios do Colégio Salvatoriano Imaculada Conceição. Nosso objetivo é promover uma educação que esteja de acordo com a doutrina católica e os valores cristãos”, afirmou Mantoani no comunicado.
A identidade da professora demitida não foi divulgada. No entanto, o caso trouxe à tona a discussão sobre o ensino da linguagem neutra nas escolas e seu impacto na formação dos alunos. Enquanto alguns defendem que é importante abordar novas formas de expressão de gênero para promover a inclusão e o respeito, outros argumentam que a linguagem neutra vai de encontro às tradições e valores estabelecidos ao longo do tempo.
Cabe destacar que a demissão da professora reacende o debate sobre a liberdade acadêmica e a autonomia do professor. Alguns defendem que a demissão foi um ato de censura e repressão à liberdade de expressão dentro do ambiente escolar, enquanto outros acreditam que a atitude da escola foi necessária para preservar seus princípios e valores.
Diante da polêmica, é preciso refletir sobre a forma como o tema da linguagem neutra é abordado nas escolas e buscar um consenso que promova o respeito e a inclusão, mantendo em equilíbrio as diferentes visões e valores presentes na sociedade. A educação desempenha um papel fundamental na formação dos jovens e é necessário encontrar caminhos que permitam a discussão saudável e pluralidade de ideias.