Justiça condena réu por vazamento de fotos das autópsias de Marília Mendonça e Gabriel Diniz, envolvendo crimes diversos.

A Justiça do Distrito Federal condenou André Felipe de Souza Alves Pereira pelo vazamento das fotos das autópsias dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz. O réu, que foi preso em abril, enfrenta diversas acusações, incluindo vilipêndio a cadáver, divulgação de símbolos nazistas, xenofobia, racismo contra nordestinos, uso de documento público falso, atentado contra serviços de utilidade pública e incitação ao crime.

O caso ganhou destaque após as acusações de compartilhamento das imagens das autópsias dos cantores através das redes sociais, em especial no Twitter. O juiz responsável pelo processo, Max Abrahao Alves de Souza, da 2ª Vara Criminal de Santa Maria no Distrito Federal, afirmou que as fotos e os comentários feitos por André tinham a clara intenção de humilhar e desonrar as vítimas, comprovando sua intenção criminosa.

A sentença resultou na condenação de André a uma pena total de 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção, com início do cumprimento no regime semiaberto. Além disso, o juiz determinou a manutenção da prisão do réu.

No que diz respeito ao crime de vilipêndio a cadáver, o juiz ressaltou que o réu confessou sua culpa voluntariamente, admitindo ser o responsável pelo perfil @Odim_XXX, onde compartilhou as imagens dos cadáveres das vítimas. Uma perícia em seu celular confirmou as acusações. Além disso, as investigações revelaram o uso do mesmo perfil para fazer postagens ameaçadoras e com conteúdo racista.

Quanto à disseminação de símbolos nazistas, André Felipe alegou que o nome de seu usuário era apenas uma referência a um personagem de videogame, negando qualquer vínculo com o nazismo. No entanto, o juiz considerou a defesa insuficiente, pois a imagem de perfil do réu exibia claramente uma suástica, caracterizando a promoção do nazismo.

O réu também admitiu os crimes de racismo e xenofobia, confessando ter postado mensagens ofensivas contra nordestinos e estrangeiros, chegando a sugerir tratamentos desumanos para esses grupos. Além disso, André Felipe admitiu ter utilizado um documento falso, que continha o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) de outra pessoa.

Segundo a decisão judicial, o réu criou o perfil @Klebold_OdiunX, fazendo referência ao massacre de Columbine, e compartilhou mensagens violentas e incitou à morte e ao uso de armas de fogo com a intenção de causar pânico e perturbar o funcionamento de escolas.

O juiz concluiu afirmando que as ações de André Felipe demonstram sua periculosidade e que a pena imposta visa garantir a segurança da sociedade. Portanto, ele permanecerá preso enquanto aguarda o cumprimento da condenação.

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