Além da temperatura, um dos efeitos que evidenciam as estações é a variação do comprimento dos dias, ou seja, a quantidade de tempo que o Sol fica acima do horizonte. Isso é mais facilmente percebido nas regiões mais afastadas da linha do equador, que divide os dois hemisférios. Nas regiões próximas a essa linha, as características das estações praticamente não existem.
No início da primavera, os dias têm aproximadamente o mesmo comprimento das noites. No hemisfério sul, os dias vão ficando cada vez maiores e as noites cada vez menores, até o maior dia do ano, que ocorre no início do verão, em 22 de dezembro.
As diferentes estações do ano são consequência da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de órbita, e da posição do planeta em seu movimento de translação ao redor do Sol. À medida que a Terra orbita o Sol, seu eixo inclinado sempre aponta na mesma direção, fazendo com que diferentes partes do planeta recebam raios solares diretos.
Os solstícios e equinócios não ocorrem sempre nos mesmos dias do ano. Em alguns anos, podem ser no dia 22, como em outros podem ocorrer no dia 23. Isso acontece porque o tempo entre dois equinócios é menor que o ano sideral, que é o tempo de translação da Terra em torno do Sol.
O Calendário Gregoriano, que seguimos, é baseado no ano trópico e estabelece um ano bissexto a cada quatro anos, exceto para séculos inteiros, que só são bissextos se forem múltiplos de 400. Essa forma de contar o tempo faz com que o início de uma estação seja próximo ao início da mesma estação quatro anos antes ou quatro anos depois.
Portanto, a primavera no hemisfério sul começa neste sábado, trazendo consigo dias mais longos e temperaturas mais amenas. A natureza se renova com o desabrochar das flores e o retorno dos pássaros migratórios, proporcionando um belo espetáculo para quem sabe apreciar as sutilezas da estação mais colorida do ano.