Uma das obras que merecem destaque é a da artista Tadáskia, que utiliza pastel seco e carvão para criar desenhos coloridos e belos. Nascida no Rio de Janeiro em 1993, Tadáskia explora as experiências imaginativas da diáspora negra, especialmente em relação aos encontros familiares e estrangeiros. Além disso, a artista também apresenta esculturas feitas de materiais como bambu, palha e taboa.
Outro destaque da exposição é o trabalho conjunto de Ayrson Heráclito e Tiganá Santana, que retrata um caminho inspirado em bambuzais e traz projeções sonoras e visuais de uma floresta fria e colorida. Pássaros, folhas, rios e flores fazem parte das representações da natureza presentes nessa instalação, que convida o público a celebrar a vida mesmo diante das dores da violência.
Além das obras, a Bienal também conta com um restaurante oficial, chamado “A Cozinha Ocupação 9 de Julho”. Com horários de funcionamento variados ao longo da semana, o restaurante promove uma série de eventos e conta com a presença de renomados chefs de cozinha, como Paola Carosella e Vivi Torrico. A iniciativa, criada pelo Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), busca promover uma economia solidária, favorecendo moradoras das ocupações e a comunidade local.
Outro coletivo artístico que merece destaque é o MAHKU, que surgiu em 2013 no Estado do Acre, na aldeia Chico Curumim, e representa os artistas indígenas Huni Kuin. Suas obras, cheias de cor e tamanho, exploram a iconografia dessa cultura e abordam temas que transitam entre o sonho e o mito.
Outra obra que chama a atenção é a da artista Denise Ferreira da Silva, que utiliza a geometria como base para sua criação. Sua obra consiste em uma série de pirâmides espalhadas pelo Pavilhão da Bienal, que podem assumir diferentes formas ao longo do tempo.
A 35ª Bienal de São Paulo deste ano tem como tema “Coreografias do Impossível” e conta com a curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel. Com cerca de 80% dos participantes compostos por artistas não-brancos, a exposição oferece uma oportunidade única de conhecer e apreciar trabalhos de indígenas, africanos, afro-brasileiros, asiáticos, entre outros grupos.
A Bienal de São Paulo está aberta para visitas até o dia 17 de setembro e é uma ótima opção para levar as crianças e despertar nelas o interesse pela arte e pela diversidade cultural. Aproveite para conferir essas obras e outras que estão em exposição e desfrute de uma experiência única e enriquecedora.
