Enlutados pelo suicídio encontram suporte em grupos de apoio e compartilham experiências para combater o estigma e oferecer suporte emocional

Terezinha Guedes Maximo nunca imaginou que teria que enfrentar a dor insuportável de perder sua filha para o suicídio. Marina, a caçula de seus dois filhos, era uma jovem de 19 anos cheia de vida. Ela era sorridente, engraçada e tinha uma paixão por animes e videogames. Além disso, Marina tocava violão e estava cursando filosofia na UFABC (Universidade Federal do ABC). Ela era fluente em inglês e também estava estudando francês e catalão. No entanto, Marina também lutava contra uma depressão grave, que foi diagnosticada em novembro de 2016. Ela estava em tratamento, mas às vezes era sujeita a crises intensas, expressando seu desejo de não mais viver daquele jeito.

Terezinha e seu marido, Joseval, fizeram de tudo para ajudar Marina, seguindo todas as recomendações dos psiquiatras e psicólogos que estavam cuidando dela. Eles nunca a deixavam sozinha. No entanto, é impossível vigiar alguém o tempo todo. Com a morte da filha, Terezinha teve que enfrentar situações típicas do luto por suicídio, como julgamento, isolamento, culpa e o constante questionamento sobre o motivo pelo qual isso aconteceu.

A psicóloga Karen Scavacini, CEO e cofundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, explica que os enlutados por suicídio sofrem um grande desamparo, já que a sociedade tende a questionar a família, colocando a culpa neles. O sentimento de culpa é muito comum nesses casos, com todos se questionando se poderiam ter feito algo para evitar essa tragédia. No entanto, Scavacini ressalta que o suicídio é causado por diversos fatores, e não há um culpado único ou uma única causa que possa explicar por que alguém decide tirar a própria vida.

Scavacini trabalha para difundir as ações de posvenção, ou seja, atividades de acolhimento, ajuda e intervenção voltadas para os enlutados pelo suicídio. Foi nesses encontros de apoio que Terezinha encontrou suporte para enfrentar sua dor. Ela também decidiu escrever sobre seus sentimentos e experiências, criando um blog chamado “No m’oblidis”. O nome foi inspirado em uma frase deixada por Marina em seu perfil do WhatsApp, que significa “por favor, não me esqueça” em catalão.

Com base nas mensagens que recebeu em seu blog, Terezinha e seu marido decidiram fundar o grupo de apoio Sobreviventes Enlutados pelo Suicídio de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em 2018. As reuniões presenciais foram transformadas em encontros virtuais devido à pandemia da Covid-19. Durante esses encontros, os participantes discutem sobre palavras que ganharam um novo significado e que podem machucar aqueles que perderam um ente querido por suicídio, como “escolha”, “guerreiro/a” e “superação”.

Terezinha também decidiu compartilhar suas experiências em um livro, intitulado “O Pequeno Dicionário do Luto”, lançado em 2021. Ela explica que, por muito tempo, o suicídio foi um assunto tabu, mas agora que as pessoas estão começando a falar sobre o tema, é importante abordá-lo de maneira correta, evitando palavras que possam ferir.

Outra pessoa que tem ajudado na disseminação de informações corretas sobre prevenção e posvenção é a psicóloga Victoria Almeida. Victoria perdeu o pai para o suicídio quando tinha apenas 11 anos, mas só descobriu a verdade anos depois. Ela e sua irmã decidiram mentir sobre a causa da morte do pai para evitar julgamentos. No entanto, com o tempo, Victoria passou a estudar psicologia e a ler mais sobre o assunto, o que a levou a criar um perfil no Instagram chamado “Nenhuma Ideia Vale Uma Vida”, onde compartilha informações e sua própria experiência pessoal.

Victoria enfatiza que o suicídio na família muda para sempre a vida das pessoas, mas essa nova versão de si mesma não precisa ser necessariamente pior. Ela encontrou apoio em grupos de enlutados virtuais durante a pandemia e decidiu parar de mentir sobre a causa da morte do pai, compartilhando abertamente a verdade.

Existem várias instituições que oferecem apoio para os enlutados pelo suicídio, como o Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio, que oferece grupos de apoio, cartilhas informativas e cursos para profissionais. A Abrases (Associação Brasileira dos Sobreviventes Enlutados por Suicídio) também disponibiliza materiais informativos e indica grupos de apoio em todo o país, enquanto o CVV (Centro de Valorização da Vida) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio.

Enfrentar o luto pelo suicídio é uma jornada dolorosa, mas encontrar apoio e compartilhar experiências pode ajudar nesse processo de cura. É importante que a sociedade se abra para discutir o tema do suicídio de maneira sensível e responsável, oferecendo suporte e compreensão para aqueles que perderam um ente querido dessa forma.

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