No dia 13 de junho, a senadora comemorou duas vitórias importantes. O Conselho de Ética arquivou o pedido de cassação contra ela, no qual era acusada de genocídio. Além disso, na mesma tarde, a Comissão Especial, que foi criada temporariamente para acompanhar o caso das crianças indígenas mortas, entregou um relatório que não fazia nenhum apontamento contra o nome de Damares. Pelo contrário, o documento até destacava sua contribuição para os povos ianomâmis nos últimos anos.
Durante seu pronunciamento, a senadora mencionou um ofício que recebeu da Associação Sanuma, relatando a preocupante situação do território indígena ianomâmi na região do Polo Base de Auaris, em Roraima. Segundo Damares, o documento mostrava que as comunidades indígenas estavam desassistidas, o que resultava em um aumento de mortes por malária.
Dados apresentados por Damares mostram que, somente este ano, foram registrados 15.873 casos de malária entre os ianomâmis, ultrapassando os números do ano anterior. Além disso, o número de óbitos entre os indígenas ultrapassou 157 casos de janeiro a julho de 2023, sendo 33 apenas na região do polo base de Auaris. É importante ressaltar que 48% desses óbitos são de crianças com até 4 anos de idade.
A senadora também mencionou o aumento significativo de casos de síndrome gripal entre os ianomâmis, que já alcançou a marca de 14.282 casos nos primeiros seis meses deste ano. Comparando com o governo anterior, em todo o ano de 2022 foram registrados apenas 3.203 casos. Damares questionou se o governo anterior não tinha as respostas para combater essas doenças e se, afinal, não era ele o responsável pelo suposto genocídio.
O pronunciamento de Damares Alves foi marcado pela defesa de sua gestão e pela apresentação de números que demonstram a precariedade da situação dos povos indígenas ianomâmis. A senadora relembrou as acusações que enfrentou e celebrou as vitórias alcançadas, ressaltando sempre seu comprometimento em defender os direitos humanos e garantir melhores condições de vida para os indígenas.
