No entanto, o que mais chamou a atenção durante a investigação foi o fato de que o agressor, Yuri de Moura Alexandre, é gay. Isso levanta a questão do preconceito dentro da própria comunidade LGBTQIA+. É importante analisar como a homofobia pode ser manifestada por indivíduos que também são alvos desse tipo de discriminação.
Em entrevista ao programa Fantástico, Victor relatou que os ataques físicos começaram quando ele questionou se Yuri era assumidamente gay. Segundo o ator, Yuri teria respondido de forma agressiva, afirmando que não era gay. A defesa de Yuri nega essa versão dos fatos, alegando que a identidade sexual do estudante de medicina nunca foi ocultada, já que ele já foi casado com outro homem.
O delegado responsável pelo caso afirmou que um gay pode ser homofóbico, deixando claro que, além dos crimes de lesão corporal e falsidade ideológica, também foi cometido um crime de homofobia. Essa afirmação revela a importância de uma reflexão por parte da comunidade LGBTQIA+ sobre suas próprias atitudes e preconceitos.
Olhando para o cenário dessa violência, na portaria de um prédio em Copacabana, é fundamental que homens gays se questionem em que posição estariam: se como o agressor, como a vítima ou como espectadores passivos. É necessário investigar e entender o porquê desse comportamento e buscar descontruir os preconceitos internos.
Esse caso evidencia a complexidade das questões relacionadas à homofobia e mostra que o preconceito não é exclusivo de indivíduos heterossexuais. É preciso um olhar crítico para a própria comunidade e um trabalho constante de desconstrução dos estereótipos e preconceitos arraigados.
Reforçar a importância da empatia, do diálogo e da aceitação dentro da comunidade LGBTQIA+ é fundamental para que se construa um ambiente verdadeiramente inclusivo e seguro para todos. A luta contra a homofobia deve ser uma batalha interna e externa, buscando a quebra de padrões e estereótipos que contribuem para a perpetuação do preconceito.
É necessário que cada indivíduo se responsabilize por suas atitudes e se posicione contra qualquer tipo de discriminação, seja ela originada de dentro ou fora da comunidade LGBTQIA+. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais igualitária e respeitosa para todos.
