O anúncio de Lula foi feito em meio a críticas por sua ausência na região atingida pelas enchentes após uma reunião ministerial realizada no Palácio da Alvorada com o presidente e 17 ministros. Lula convocou a reunião horas antes para discutir ações de resposta aos impactos das enchentes.
Lula afirmou em um vídeo divulgado pelo Planalto que ele e o vice-presidente Geraldo Alckmin acabaram de se reunir com a comissão responsável pelos problemas do Rio Grande do Sul. O presidente anunciou que o BNDES concederá um empréstimo de R$ 1 bilhão para ajudar na recuperação da economia das cidades afetadas e a liberação de R$ 600 milhões do FGTS para atender 354 mil trabalhadores.
De acordo com auxiliares próximos ao presidente, o empréstimo do BNDES terá juros zerados. Lula ressaltou que o governo federal continuará acompanhando a situação no estado, pois as chuvas ainda não cessaram.
A reunião no Palácio da Alvorada contou com a presença de 14 ministros, como Simone Tebet, responsável pelo Planejamento, Nísia Trindade, pela Saúde, e José Múcio, pela Defesa, além da presidente da Caixa, Rita Serrano, do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e do diretor do BNDES, Nelson Barbosa.
Lula decidiu não visitar a região afetada pelas enchentes, pois Geraldo Alckmin, durante seu mandato como presidente em exercício, já havia estado no local. O ciclone que causou as enchentes passou pelo Vale do Taquari na segunda-feira (4), e Lula partiu para a Índia na quinta-feira (7) para participar de uma reunião do G20.
O número de mortos em decorrência das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul na última semana subiu para 47, de acordo com a Defesa Civil do estado. Um novo óbito foi confirmado no município de Colinas. A Polícia Civil investigou uma lista de 83 nomes de pessoas desaparecidas e, após localizar a maioria delas, restam nove pessoas ainda não encontradas.
