A fim de combater as cheias, uma estratégia antiga é a construção de reservatórios, conhecidos como piscinões, para reter as águas dos rios. A região conta atualmente com 27 piscinões, todos eles considerados em condições de funcionamento tanto pelas autoridades estaduais quanto pelas prefeituras. São 19 piscinões administrados pelo Estado, cinco sob administração do município de Santo André, e um tanque e dois piscinões sob a responsabilidade da prefeitura de São Bernardo.
O Estado está em processo de construção do piscinão Jaboticabal, localizado entre São Paulo, São Bernardo e São Caetano. Com um investimento de R$ 323 milhões, o reservatório terá capacidade para armazenar 900 mil m³ de água da chuva, tornando-se o maior da Região Metropolitana de São Paulo. Sua conclusão está programada para o segundo semestre de 2024 e beneficiará cerca de 500 mil pessoas nas três cidades.
Além disso, estão em processo finalização os projetos para a construção de mais dois piscinões ao longo do rio Tamanduateí, um em Santo André e outro em Mauá. No entanto, essas obras ainda não estarão prontas para auxiliar no amortecimento dos picos de cheias na próxima temporada de chuvas.
As autoridades afirmam que todos os reservatórios estão em pleno funcionamento e passam por processos de desassoreamento anualmente. Além disso, os cuidados com a manutenção incluem a limpeza dos taludes gramados três vezes ao ano e a garantia de que as comportas e bombas estejam funcionando corretamente.
No ano passado, o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira, criticou a manutenção feita pelo Estado ao apontar a quantidade de lixo dentro do Piscinão do Paço da cidade. No entanto, a administração municipal de São Bernardo informa que realiza ações periódicas de limpeza, desassoreamento e manutenção de seus equipamentos de contenção de enchentes. A prefeitura de Santo André também diz que seus reservatórios estão com a manutenção em dia e planeja a construção de mais reservatórios menores na Bacia do Córrego Guarará.
Em resumo, a região metropolitana de São Paulo conta com uma rede de 27 piscinões para combater as enchentes, sendo que novas construções estão em andamento. As autoridades afirmam que os reservatórios estão em pleno funcionamento e passam por manutenção periódica. No entanto, a população ainda aguarda os resultados efetivos dessas medidas de prevenção contra as cheias.
