Um dos principais pontos desta discussão é o Censo de 2022, que pela primeira vez trouxe dados sobre a população quilombola do país. De acordo com o estudo do IBGE, o Brasil possui 1,32 milhão de quilombolas, residentes em 1.696 municípios. Essa inclusão do recorte populacional é considerada relevante para a compreensão da diversidade territorial e dos desafios enfrentados por essa comunidade.
A deputada Reginete Bispo (PT-RS), uma das autoras do pedido para a realização do debate, ressalta a importância da produção de dados oficiais pelo Brasil e dos desafios em pensar políticas públicas para a população quilombola. Ela afirma que é fundamental compreender a diversidade territorial e os desafios relacionados ao acesso à terra.
Outra deputada que contribuiu para a realização do debate é Luizianne Lins (PT-CE). Para ela, a luta quilombola é marcada pela participação feminina, o que torna necessário fortalecer o enfrentamento à violência contra as mulheres quilombolas e lutar pela igualdade racial, social, de gênero, geração e etnia, além de proteger seus territórios.
O debate será realizado no plenário 9, às 14h30. Diversos convidados e especialistas estarão presentes para contribuir com a discussão e trazer novas perspectivas sobre a situação dos quilombolas no Brasil.
Esta é uma oportunidade importante para ampliar o conhecimento e conscientização sobre as questões enfrentadas pelos quilombolas e promover a elaboração de políticas públicas efetivas para garantir seus direitos e proteger suas comunidades.
Desta forma, o debate na Câmara dos Deputados se mostra como uma iniciativa relevante para a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo, fortalecendo a luta quilombola e garantindo a visibilidade e o reconhecimento dessa importante parcela da população brasileira.