Heloisa está internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, e seu estado é grave, mas estável, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde no último domingo (10).
A PRF informou que a Corregedoria-Geral do órgão abriu um inquérito para investigar por que o agente foi ao hospital e entrou na UTI sem se identificar nem pedir autorização. A identidade do policial não foi divulgada à imprensa, mas foi repassada ao Ministério Público Federal, que também está investigando o caso.
O procurador República Eduardo Benones, responsável pelo inquérito do MPF, afirmou que o policial entrou na UTI alegando “assunto policial”, porém sem informar o motivo específico de sua presença na unidade médica. A Procuradoria vai investigar o que o agente foi fazer na ala onde está Heloisa. Dependendo do resultado da investigação, o policial pode ser denunciado por abuso de autoridade.
O incidente em que Heloisa foi baleada ocorreu enquanto ela estava com sua família no Arco Metropolitano. Segundo testemunhas, uma viatura da PRF começou a seguir o carro em que a menina estava e os agentes abriram fogo após o pai de Heloisa, William Silva, dar sinal de parada.
O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal. Antes de ser passado para as autoridades federais, o incidente foi registrado na delegacia de Seropédica. O agente Fabiano Menacho Ferreira, da PRF, admitiu ter atirado contra o carro da família. Ele justificou o ato afirmando que ouviu tiros, porém a família alega que os disparos foram feitos após passarem pela viatura da polícia.
Ferreira e outros três agentes envolvidos foram afastados de suas funções. Além disso, a arma utilizada pelo policial foi apreendida para perícia.
No último sábado, a família de Heloisa recebeu a visita das comissões de Direitos Humanos da PRF e da OAB-RJ, além de procuradores do Ministério Público Federal. O caso continua sendo investigado para que sejam apuradas todas as circunstâncias e responsabilidades envolvidas.