O anúncio foi feito pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante uma entrevista coletiva. Derrite explicou que, a partir de agora, a região continuará recebendo o apoio da Operação Impacto, que já estava em andamento antes da Operação Escudo. Os policiais do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) que estavam no local para dar suporte retornarão às suas bases.
Durante os 40 dias de operação, foram registradas pelo menos 28 mortes. O último caso ocorreu na segunda-feira (4) durante um confronto entre os policiais e um homem armado. Segundo a SSP, os policiais foram atacados e revidaram, resultando na morte do agressor. Os serviços de resgate foram acionados, mas quando chegaram ao local, o homem já estava sem vida.
Ao longo da operação, foram realizadas 958 prisões, sendo que 382 pessoas estavam sendo procuradas pela Justiça. Além disso, foram apreendidas 117 armas de fogo e 977 quilos de drogas.
Ao ser questionado sobre o pedido da Defensoria Pública de São Paulo para suspender a operação caso os policiais não utilizassem câmeras nas fardas, Guilherme Derrite afirmou desconhecer o fato.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também anunciou na segunda-feira a substituição do comando da Rota. O tenente-coronel Rogério Nery Machado foi substituído pelo tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi. No entanto, Derrite esclareceu que essa mudança não tem relação com a Operação Escudo.
As trocas no comando da Rota ocorreram devido à promoção do tenente-coronel Takahashi, que era major antes e foi promovido. Segundo Derrite, Takahashi possui uma vasta experiência na condução das ações do policiamento da Rota e estava dentro do cronograma do Comando-Geral da Polícia.
O encerramento da Operação Escudo representa um marco no combate à criminalidade no litoral paulista. No entanto, fica o alerta de que o Estado de São Paulo continuará a enfrentar situações de risco, e operações como essa poderão ser desencadeadas novamente, se necessário, para garantir a segurança da população e evitar a existência de um Estado paralelo.
