Especialistas permanecem divididos em relação à Lei de Alienação Parental, gerando debates acalorados sobre sua eficácia e impactos.

Quando um casal decide se divorciar, os impactos podem ser sentidos pelos filhos, e em alguns casos, uma das partes pode tentar influenciar as crianças a odiarem o outro genitor. Esse comportamento é conhecido como alienação parental e é considerado um crime de acordo com a legislação brasileira. No entanto, há controvérsias relacionadas à aplicação dessa lei, especialmente quando se trata de casos em que as mães tentam afastar os filhos de ex-companheiros abusivos ou agressivos.

A Lei da Alienação Parental (LAP) está em vigor no país desde 2010 e tem sido alvo de debates, pois alguns acreditam que ela abre brechas para que abusadores se livrem de acusações e também é usada com um viés de gênero que prejudica as mulheres. Um projeto de lei que pretende revogar integralmente a LAP foi apresentado pelo senador Magno Malta e aguarda análise da Comissão de Assuntos Sociais.

O conceito de alienação parental tem uma origem problemática. Foi cunhado na década de 80 pelo psiquiatra americano Richard Gardner e se baseia em uma suposta síndrome que afetaria crianças e adolescentes cujos pais estivessem envolvidos em divórcios de alto conflito. No entanto, os estudos clínicos de Gardner foram considerados pseudocientíficos e sua teoria foi desacreditada por diversas associações médicas, psiquiátricas e psicológicas.

Especialistas argumentam que a lei brasileira ainda está diretamente vinculada às propostas de Gardner e defendem sua anulação. Para eles, a prática de ex-parceiros manipularem as crianças durante disputas de divórcio é comum e tem impactos negativos no bem-estar e na formação emocional dos filhos, o que justifica punições legais.

No entanto, a relatora especial da ONU sobre violência contra a mulher, Reem Alsalem, acredita que o conceito de alienação parental é usado como uma forma de violência de gênero institucionalizada pelo Estado. Ela aponta estereótipos negativos e sexistas, falta de capacitação do judiciário e falta de acesso à assistência jurídica como elementos que perpetuam o problema.

Estudos mostram que a lei brasileira é usada de forma desproporcional contra as mulheres. Em mais de 90% das decisões analisadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, as mães são acusadas de alienação parental. Termos pejorativos e estereótipos desmoralizantes são atribuídos às mulheres nos processos, enquanto os homens são menos estigmatizados.

O Coletivo Mães Na Luta reúne relatos de mulheres que alegam terem perdido a guarda dos filhos para abusadores devido a acusações de alienação parental. Essas mulheres afirmam que são desacreditadas e desqualificadas nos processos judiciais, enquanto as palavras dos homens têm mais peso diante dos peritos.

No entanto, há opiniões divergentes sobre o assunto. Para a vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Maria Berenice Dias, a legislação é positiva, pois permite questionar as atitudes dos genitores, independentemente do gênero. Segundo ela, ainda existe um machismo estrutural que leva à sacralização da maternidade e à ideia de que os filhos devem ficar com a mãe.

Em relação às acusações de abuso sexual, há diferentes pontos de vista. A relatora da ONU alerta que o rótulo de alienação parental muitas vezes desvia a atenção dos tribunais em relação à verificação se o pai é ou não um abusador. Por outro lado, alguns argumentam que também há falsas alegações de abuso sexual feitas para beneficiar um dos genitores.

A baixa aplicação da lei de alienação parental também é um consenso entre especialistas. Punições são raras, a menos que haja fatos muito graves, e as penalidades são geralmente leves, como acompanhamento psicológico e cursos para pais.

Em resumo, a Lei da Alienação Parental é alvo de debates no Brasil, pois há controvérsias sobre sua aplicação e seu viés de gênero. Enquanto alguns acreditam que a lei precisa ser revogada devido à sua origem problemática e ao uso desproporcional contra as mulheres, outros defendem que ela é necessária para punir ex-parceiros que manipulam as crianças durante disputas de divórcio. A discussão sobre o assunto deve continuar, pois a proteção dos direitos das crianças é fundamental em qualquer situação.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
indin sexy vidio mumuporn.mobi mia khalifa redtube white girl sex umbako.mobi keral sex xxx lanka brostube.info xxx utv sisterboob hentaionly.net how to play with onee-san srujana audio clip pornozavr.net desi sex xxxx 波多野結衣 av avgle.mobi 奄美まな نيك احلى كس arabicaporn.com سكس لية الدخلة سكس عربى سحاق iporntv.me احدث صور السكس mia khalifa having sex fuckster.mobi sexy hot bf download سكسس محارم bendito-porno.com افلام سكس لونا الحسن mahfuz ahmed xbeegporn.mobi karnataka sexy video indianteachers freegreatporn.info adult chutkule hindi indian pornsites popsexy.net www.xxxporn.com bpxxxvideos stripmovs.com hot hindi xxx video angry sex videos zambibo.mobi www indianxxxx