Durante a audiência, a ministra deixou claro que não há espaço para enrolação e que é preciso ser direto e transparente com os empreendedores. “Tem coisas que não podem e a gente não vai ficar enrolando empreendedor. Não vai ter licença para exploração de petróleo em Abrolhos. Não vai! Não adianta, tem que tirar esse negócio lá de disponibilidade. Então quando não pode, não pode”, afirmou Marina.
Vale ressaltar que em outubro de 2019, um leilão de áreas petrolíferas próximas ao arquipélago de Abrolhos terminou sem ofertas. A região tem sido alvo de questionamentos judiciais e de pressão de ambientalistas, que temem a contaminação da área de preservação ambiental. Na ocasião, a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) ofereceu sete áreas no litoral da Bahia, que foram consideradas por ambientalistas como próximas a Abrolhos.
A inclusão dessas áreas no leilão foi polêmica. O então presidente do Ibama, Eduardo Bim, aprovou a oferta dos blocos, passando por cima de pareceres técnicos contrários. Essa decisão gerou um debate acalorado sobre os riscos ambientais envolvidos na exploração de petróleo próximo a um importante ecossistema.
Marina Silva ressaltou a necessidade de preservar o meio ambiente e valorizou a importância de Abrolhos para a biodiversidade e para o turismo. Segundo ela, é fundamental garantir a proteção desse local único e assegurar que a exploração de petróleo não coloque em risco a saúde do ecossistema.
A posição da ministra do Meio Ambiente evidencia o atual embate entre a busca por desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. Em Abrolhos, a preocupação com os impactos negativos da exploração de petróleo tem ganhado força, tanto entre a sociedade civil como nas instâncias governamentais. Resta agora aguardar o desenrolar dessa questão e torcer para que a preservação de Abrolhos prevaleça.
