O senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da comissão e responsável pelo requerimento para a diligência, afirmou que os líderes indígenas expressaram o desejo de serem ouvidos pela CPI por meio de cartas. Essas entrevistas com os líderes das comunidades indígenas servirão para que eles prestem informações sobre as atividades dessas organizações na região.
De acordo com a assessoria de Plínio Valério, as entrevistas serão realizadas em Pari-Cachoeira, uma área indígena do município. Devido à localização remota da região, muitos indígenas tiveram que viajar de barco para participar do encontro. Estarão presentes líderes das comunidades Cewari Rio Negro, Castelo Branco-Médio Rio Içana I, Alto Rio Ayari, Castelo Branco, Rio Ayari e Baixo Rio Waupés.
O presidente da comissão ressaltou que a região é rica em recursos como nióbio, ouro e diamantes, mas a pobreza e a falta de oportunidades prevalecem para os povos indígenas que habitam a área. Nesse contexto, é de extrema importância entender como as ONGs e Oscips estão atuando e se beneficiando desses recursos, e se estão efetivamente contribuindo para o desenvolvimento das comunidades indígenas.
A CPI das ONGs tem o objetivo de investigar denúncias de irregularidades envolvendo organizações não governamentais no Brasil. São Gabriel da Cachoeira é um local estratégico para essa investigação, já que está situado na região amazônica, com riquezas naturais e uma população indígena significativa. As diligências realizadas pela CPI são essenciais para compreender o panorama da atuação das ONGs nessa região tão importante para o país.
Essa diligência em São Gabriel da Cachoeira será mais uma etapa importante no processo de investigação da CPI das ONGs. Ouvir os líderes indígenas é fundamental para garantir que todas as perspectivas sejam consideradas e que sejam tomadas as devidas medidas para garantir transparência e responsabilidade nas atividades das organizações na região amazônica.
