A Gamescom teve início na última quarta-feira (23) e vai até o próximo domingo (27). Dentre as empresas brasileiras de games que estão presentes no evento, destaca-se a Aoca Game Lab, um estúdio sediado em Salvador, criado em 2016. Seu principal produto é o jogo Árida, cuja história se passa no sertão brasileiro, no final do século 19, e segue a jornada da jovem Cícera em busca do povoado de Canudos. O CEO da Aoca Game Lab, Filipe Pereira, explica que a série é uma combinação entre um universo ficcional e um evento histórico relevante para a identidade do país.
Lançado em 2019, o jogo Árida inicialmente estava disponível apenas para computadores, mas devido à sua boa aceitação pelo público, ganhou uma versão para celulares e foi traduzido para 12 idiomas, além do português e inglês. Agora, Filipe Pereira busca aumentar as oportunidades de comercialização dessa aventura histórica e garantir a continuação da série, buscando novas lojas e espaços de distribuição, além de parceiros para o Árida 2.
De acordo com informações do Ministério da Cultura, o mercado de games no Brasil gera anualmente uma receita de mais de US$ 2,3 bilhões. Cerca de 25% das empresas do setor que atuam no país são de origem internacional. Um dado interessante é que, desde 2014, o número de estúdios nacionais dedicados aos jogos eletrônicos cresceu de 200 para mais de mil, evidenciando o potencial e a expansão dessa indústria no país.
A participação brasileira na Gamescom é uma oportunidade única para os desenvolvedores nacionais mostrarem seus talentos e produtos para um público global, além de estabelecerem parcerias e expandirem sua presença no mercado internacional de games. A presença de uma comitiva com 60 profissionais do setor é um reflexo do comprometimento do Brasil em impulsionar a indústria de jogos eletrônicos e aproveitar todo o seu potencial econômico.