Além de Bolsonaro e Michelle, foram intimados: Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Mauro César Lourena Cid, pai de Mauro Cid, general da reserva do Exército; Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e ex-chefe da Secretária de Comunicação da Presidência; Fraderick Wassef, advogado de Bolsonaro; Marcelo Câmara, assessor especial do ex-presidente; e Osmar Crivellati, assessor de Bolsonaro.
Todos são citados no relatório parcial da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e usado para justificar as buscas na Operação Lucas 12:2. Bolsonaro e Michelle tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados na investigação, que busca identificar a existência de transações suspeitas que liguem o casal à venda ilegal de presentes diplomáticos.
No entanto, o criminalista Daniel Bialski, contratado para representar Michelle, deixou o caso, alegando que os advogados de Bolsonaro vão cuidar da defesa do casal.
Os depoimentos estão marcados para o mesmo dia em que o ex-presidente já é esperado na PF para explicar conversas golpistas de empresários bolsonaristas. Diálogos recuperados pela Polícia Federal mostram que Joseph Nigri, fundador da Tecnisa, atribui a Bolsonaro uma ordem para espalhar fake news.
A medida de intimar todos os envolvidos a prestarem depoimento simultaneamente visa assegurar a transparência e garantir que cada um seja ouvido de forma independente, sem que haja a possibilidade de influência entre eles. Essa estratégia é bastante comum em investigações desse tipo, onde é necessário evitar a combinação de versões e garantir a veracidade dos depoimentos.
É importante mencionar que o ex-presidente Jair Bolsonaro já enfrenta outras questões judiciais, como a investigação sobre a compra da vacina indiana Covaxin e agora a apuração sobre a venda ilegal de presentes diplomáticos. Essas investigações demonstram a intensa atividade do ex-presidente no âmbito judicial, sendo necessário que ele preste todos os esclarecimentos necessários para a elucidação dos fatos.
Cabe ressaltar que a quebra do sigilo bancário e fiscal do casal Bolsonaro também é uma medida importante para a investigação criminal, pois possibilita a identificação de transações suspeitas que possam estar relacionadas à venda ilegal de presentes diplomáticos. Essa quebra de sigilo busca reunir provas e evidências que possam confirmar ou refutar as suspeitas levantadas.
Diante desses novos desdobramentos, é esperado que o depoimento de Bolsonaro e dos demais envolvidos seja um momento crucial para o avanço da investigação. A Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal estão empenhados em esclarecer todas as questões levantadas, garantindo que a justiça seja feita de forma imparcial e transparente. Resta aguardar os desdobramentos desse caso e verificar quais serão as conclusões e medidas a serem tomadas a partir dos depoimentos prestados.