Segundo o presidente do Senado, é inevitável que existam visões divergentes sobre os pontos mais importantes de uma reforma tributária tão complexa. No entanto, ele ressaltou que cabe à política a responsabilidade de tomar a melhor decisão para o país. Diversos setores, como o público e o privado, além de estados e municípios, possuem diferentes perspectivas e interesses em relação ao assunto.
Apesar das divergências, Pacheco destacou que há alguns pontos de convergência, como a concordância de que não deve haver aumento da carga tributária. Além disso, tanto a União quanto os estados e municípios não podem deixar de arrecadar impostos. Esses consensos são importantes para que a reforma seja conduzida de forma a beneficiar a sociedade como um todo.
O presidente do Senado também ressaltou que a aprovação de reformas estruturais nos últimos anos possibilitou a atual discussão acerca da reforma tributária. Medidas como as reformas política, trabalhista e previdenciária, além da autonomia do Banco Central, abriram espaço para que esse assunto fosse colocado em pauta. Pacheco destacou, ainda, as tentativas anteriores de aprovação de uma reforma tributária no país.
Na opinião do presidente do Senado, existe um consenso sobre a necessidade de aprovar a reforma e a divergência está relacionada à forma como ela será feita. A sociedade não aceita mais a inércia do governo federal e do Congresso Nacional, pois isso pode levar a um aumento do caos e da litigiosidade tributária. Portanto, é fundamental que a reforma seja conduzida de maneira eficiente e com diálogo entre todos os envolvidos.
Durante o evento no Insper, Pacheco também mencionou o senador Eduardo Braga (MDB-AM) como um nome adequado para ser o relator da medida no Senado. Braga possui experiência na vida pública, tendo atuado como prefeito, governador e deputado. Além disso, por ser do Amazonas, ele conhece a realidade de um estado com regime tributário diferenciado devido à Zona Franca de Manaus.
A reunião agendada para o dia 29 de agosto é um passo importante no processo de discussão da reforma tributária. A presença dos governadores possibilitará uma ampla troca de ideias e contribuições para a elaboração da proposta. Resta aguardar para ver quais serão os desdobramentos dessa reunião e como a reforma tributária será conduzida no país.
