De acordo com Petteri Taalas, diretor da Organização Meteorológica Mundial (OMM), a maioria das mortes poderia ter sido evitada se os avisos tivessem sido emitidos e as forças de gestão de emergência tivessem realizado uma evacuação da população. No entanto, a Líbia enfrenta uma série de desafios, incluindo a destruição da rede de observação meteorológica devido aos anos de conflito que assolaram o país após a queda do ditador Muammar Kadafi em 2011.
A situação atual na Líbia é de caos e guerra, com dois governos disputando o poder. Enquanto um é reconhecido pela ONU e está sediado na capital Trípoli, a oeste, o outro está localizado na zona leste, onde ocorreu o desastre. Essa divisão política dificulta ainda mais a resposta e a coordenação das ações de socorro.
Felizmente, a comunidade internacional tem demonstrado solidariedade e enviado ajuda para a região. Comboios de ajuda provenientes da Tripolitânia, área controlada pelo governo internacionalmente reconhecido, chegaram a Derna desde o início da semana. Além disso, o Escritório de Coordenação Humanitária da ONU liberou US$ 10 milhões de um fundo de emergência e mobilizou uma equipe no terreno para apoiar e financiar a resposta internacional.
O Programa Mundial de Alimentos também tem prestado assistência a mais de 5 mil famílias deslocadas pelas cheias e há esforços para fornecer comida e abrigo às milhares de pessoas afetadas pelo desastre. Equipes de resgate estrangeiras também foram enviadas na esperança de encontrar sobreviventes.
Diante de uma situação tão devastadora, é essencial que a comunidade internacional continue a mobilizar recursos e prestar apoio à Líbia. É crucial reconstruir as infraestruturas, implementar medidas de planejamento urbano mais rigorosas e fortalecer a preparação para futuras catástrofes, a fim de evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.
