A CPUC (Comissão de Serviços Públicos da Califórnia) votou recentemente para permitir que empresas como Waymo e Cruise operem táxis autônomos 24 horas por dia, apesar das preocupações levantadas pela população. Antes dessa decisão, as empresas só podiam operar durante a noite. A votação foi precedida por uma audiência pública de seis horas, na qual cidadãos expressaram suas expectativas e preocupações.
Grupos como o Safe Street Rebel têm sabotado os táxis autônomos, colocando cones de trânsito nos capôs dos veículos para paralisá-los. Os vídeos dessas ações se tornaram virais, aumentando a tensão entre a população e as empresas de táxi autônomos.
Alguns residentes acreditam que os táxis autônomos representam um perigo para a cidade. Eles citam incidentes em que pessoas foram quase atropeladas por esses veículos. As autoridades municipais também têm recebido críticas, especialmente por parte de motoristas de plataformas como Uber e Lyft, que temem perder seus meios de subsistência para as novas tecnologias.
Além disso, pessoas com deficiência física expressaram preocupação com a falta de motoristas para ajudá-los a entrar nos táxis autônomos. Muitos temem que a adoção desses veículos deixe os deficientes desamparados.
No entanto, há também defensores dos táxis autônomos. Alguns argumentam que eles são mais seguros do que motoristas humanos distraídos ou irritados. Além disso, há relatos de pessoas que se sentem mais seguras nos táxis autônomos, afirmando terem sido assediadas por motoristas de Uber e Lyft no passado.
As empresas, como Waymo e Cruise, insistem que seus táxis autônomos são seguros. Ambas afirmam que seus veículos já percorreram milhões de milhas sem acidentes com pedestres ou ciclistas. No entanto, os críticos ainda não estão convencidos.
O debate em San Francisco está longe de acabar. A cidade está em uma encruzilhada, buscando equilibrar sua posição de vanguarda em tecnologia com as preocupações de segurança e os impactos socioeconômicos da adoção de veículos autônomos. As empresas de táxi autônomo terão que fazer um esforço para convencer a população de que seus veículos são seguros e benéficos para a cidade. Caso contrário, elas podem enfrentar uma resistência cada vez maior e uma luta para permanecer nas ruas de San Francisco.
