Os críticos alegam que os livros promovem o comunismo e a homossexualidade, além de estarem repletos de falhas e erros pedagógicos. Eles exigem que o governo recue e pare de distribuir os textos a partir desta segunda-feira (28), quando cerca de 25 milhões de alunos do ensino básico iniciam o ano letivo.
Por outro lado, o presidente López Obrador classifica as críticas como “politicagem” e reflexo do pensamento “conservador”. Ele rejeita a decisão do Supremo Tribunal de Justiça de impedir a entrega dos livros nos estados de Chihuahua e Coahuila, que são governados pela oposição.
Essa polêmica revela os embates ideológicos existentes no país. Enquanto o governo busca implementar uma política educacional voltada para a promoção da igualdade e do respeito à diversidade, seus críticos enxergam uma tentativa de doutrinação ideológica.
Os opositores argumentam que os livros representam uma ameaça à liberdade de pensamento e aos valores tradicionais da sociedade. Eles afirmam que os materiais estão impregnados de ideias comunistas e que promovem a homossexualidade de forma inadequada para crianças em fase de desenvolvimento.
No entanto, o governo se defende das acusações, alegando que os livros são baseados em princípios pedagógicos sólidos e em valores universais de respeito aos direitos humanos e combate à discriminação. O objetivo, segundo o governo, é formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade.
Esse embate entre governo e oposição reflete a polarização política vivida pelo país. Enquanto uns enxergam avanços nas políticas educacionais, outros veem uma tentativa de impor uma agenda ideológica. Agora, cabe ao tribunal máximo decidir o desfecho dessa controvérsia, que tem dividido opiniões e mobilizado diferentes setores da sociedade mexicana.
